Você foi consultar com seu médico, e ele realizou o diagnóstico de Fibrilação Atrial (FA) baseado no seu Eletrocardiograma de Repouso (ECG) ou outro exame. Você recebeu, portanto, o diagnóstico da arritmia mais prevalente no mundo! Cerca de 5-10% dos pacientes acima de 60 anos irão desenvolver FA ao longo da vida.
O que é a Fibrilação Atrial ?
A FA é uma arritmia que aparece quando o “comandante do nosso coração” (nó sinusal) perde o seu posto, e então o átrio esquerdo do coração assume a liderança e começa a disparar estímulos cardíacos de forma irregular e mais rápida do que o habitual para os ventrículos do coração.
Quais as causas da fibrilação atrial ?
As causas são diversas, sendo as mais comuns:
-Cardiopatia pela Hipertensão;
-Doenças pulmonares (DPOC) e/ou apneia do sono (SAHOS);
-Ingesta excessiva de álcool ou intoxicação por medicamentos;
-Distúrbios da tireoide;
-Uso de estimulantes (cafeína, energéticos, etc.);
-Comunicação interatrial (CIA);
-Pós-operatório;
-Estenose mitral;
-Miocardiopatia Hipertrófica;
-Outras;
O que ela pode causar ?
A fibrilação atrial pode ser silenciosa e não causar sintomas ao paciente, principalmente quando ela não é permanente. No entanto, muitos pacientes poderão sentir ao longo da vida os seguintes sinais e sintomas: palpitações, taquicardias e bradicardias, falta de ar, cansaço, inchaço nas pernas, ganho de peso, tonturas, aumento da frequência urinária, dor no peito, desmaios, e derrame cerebral.
A Fibrilação Atrial tem tratamento ?
Sim! A Fibrilação Atrial pode ser revertida através do uso de medicações, cardioversão elétrica sincronizada (choque) ou pelo procedimento de ablação das veias pulmonares, que é realizado pelo arritmologista/eletrofisiologista.
No entanto, o seu cardiologista de confiança deve lhe dizer se vale ou não a pena reverter essa arritmia, pois já pode ter passado o “tempo ideal”. Essa decisão não é fácil, uma vez que ele deve ponderar sobre seus fatores de risco, doenças associadas, idade, sintomas, tamanho do átrio esquerdo, dentre outros fatores. Além disso, a chance de recorrência da arritmia após as intervenções supracitadas são reais, podendo ela nunca ser curada.
E se eu tiver que viver com essa arritmia para sempre ?
Não se preocupe! O seu cardiologista fará o esforço necessário para:
-Reduzir seu risco de apresentar um derrame cerebral no futuro (ex: uso de anticoagulantes, se indicado);
-Reduzir os seus sintomas da doença (ex: uso de medicamentos para controle da frequência cardíaca);
-Controlar as doenças que contribuem para a evolução da FA (ex: tratar a sua hipertensão arterial);
-Evitar que o seu coração fique mais “fraco” ao longo do tempo;
-Realizar um acompanhamento adequado e seriado, com os exames necessários, rotineiramente;
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Texto escrito pelo Cardiologista: Dr. Pedro Henrique Pedruzzi Segato
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